quarta-feira, 11 de setembro de 2013

DEVERES DO ALUNO


Camila Franco

 Os deveres do aluno é uma questão que, em tese, é muito simples: trazer o material solicitado, desenvolver as atividades propostas, etc. Mas, pesquisando sobre o assunto, descobrimos que existem colégios (inclusive os particulares) que criam cartilhas sobre o tema, algo que incomoda muito os jovens que, por natureza, são dotados de certo espírito libertário.

Será realmente preciso? E a resposta: sim; é fato que a escola atual se encontra repleta de estudantes descompromissados, que parecem desconhecer os limites de suas atitudes. Se tivéssemos o mínimo de responsabilidade este conjunto que regras seria seguido espontaneamente, sem a necessidade de imposição.

Mas é importante salientar que nossos deveres vão muito além da sala de aula, porque têm a ver com cidadania: educação e respeito são imprescindíveis dentro e fora das escolas. Está aí, se fôssemos cidadãos mais conscientes, muitas coisas (inclusive o tratamento que recebemos) poderiam ser diferentes.


Portanto, lembremos sempre: antes de exigir o que queremos, precisamos fazer o que devemos.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL


ESCOLA EM TEMPO INTEGRAL
Camila Franco

A escola integral é um método implantado pelo governo de SP em 2012 em 16 escolas de Ensino Médio, onde o auno permanece no colégio por 9 horas, tendo 3 refeições diárias e (teoricamente) diversas atividades. Até 2014, o número de instituições que irão aderir ao modelo deverá subir para 170.

E, embora pareça um assunto atual, é algo que existe desde a Antiguidade Clássica, segundo a pesquisadora Lígia Martha Coimbra da Costa Coelho, autora do artigo "História(s) da Educação Integral". Mas lembremos que a realidade brasileira hoje é completamente diferente da que existia na Grécia Antiga.
Na verdade, a ideia é muito boa. Mas sejamos realistas: se o número de profissionais já é insuficiente para as disciplinas básicas, como Língua Portuguesa e Matemática, imaginem para as demais! E como aumentar o salário do professor, se o Governo deverá contratar em dobro?

Algo que devemos observar também é: quem vai educar a criança? Cada dia mais,vemos famílias despedaçadas, atribuindo aos outros o dever de criar um filho. Será que esse aumento do horas na escola, aumentará a distância entre pais e filhos?  Será que essa medida não isentará, de alguma forma,os pais de suas responsabilidades?


Precisamos pensar seriamente nas consequências (boas e ruins) que este modelo pode trazer aos nossos alunos. Escola integral deve ser muito mais do que deixar os jovens jogando futebol na quadra, sentados no pátio ou fazendo coisas inúteis. É algo que precisa ser muito bem planejado, para que não perca a sua essência e passe a ser mais um projeto que só existe no papel, nas estatísticas e nas campanhas políticas.

MATERIAL PEDAGÓGICO


MATERIAL PEDAGÓGICO
Ana Paula Gomes

O Governo de São Paulo criou um programa chamado "São Paulo Faz Escola" que tem como objetivo implantar um único sistema pedagógico nas escolas de todo o estado. Assim, todos os alunos receberiam o mesmo material didático e cronograma. A intenção era unificar o ensino, melhorando-o, algo que não vem acontecendo.

Segundo o MEC, o governo de SP deverá gastar R$ 3795,52 por aluno. Mas analisemos COMO esse dinheiro será gasto e não somente QUANTO: será que tanta verba "investida" traz resultados satisfatórios?

Ao realizarmos uma pesquisa com alunos do ensino médio de uma escola pública de São Paulo, constatamos que a maioria não aprecia o material pedagógico fornecido, pois alegam que as apostilas, que deveriam agilizar o aprendizado, têm efeito contrário: uma vez que sua utilização é obrigatória, muitos professores determinam que os estudantes respondam páginas e páginas com pouca orientação, e muitos acabam copiando as respostas da internet, retardando a aprendizagem.

Outro ponto a ser observado é o seu conteúdo, que é muito fraco, além de não ser o mesmo (na maioria das vezes) do livro didático,, fornecido pelo Governo Federal. Então, há uma "disputa" entre os governos, e estamos todos de mãos atadas; professores, mesmo tendo condições de oferecer-nos algo melhor, são obrigados a usar a apostila ruim, e os alunos não aprendem o  que deveriam.


Para a educação melhorar -em São Paulo e no Brasil é necessário que nós cobremos dos governantes um empenho maior quanto ao ensino público. Isso é nosso direito e DEVER, porque nosso país só irá progredir quando investirmos mais e melhor na educação.

terça-feira, 18 de junho de 2013

CAMILA FRANCO
A progressão continuada é um método de ensino introduzido pelo renomado educador Paulo Freire. Segundo sua tese, reprovar não é a melhor solução, pois o aluno retido se sente desanimado a continuar os estudos em uma turma onde haja alunos mais novos e, por isso, acaba abandonando a escola.
Assim, mesmo aqueles que têm dificuldades de aprendizagem são promovidos, porém continuam tendo aulas de recuperação, a fim de que ele aprenda de fato o conteúdo ensinado.
Em SP, 99% das escolas públicas adotaram o método, atingindo 12 milhões de estudantes.
O problema, no entanto, é que a progressão continuada foi transformada em promoção automática: os alunos passam sem aprender e sem ter um acompanhamento pedagógico. Desta forma, entram para as estatísticas, mas na realidade, não sabem nada. A educação pública torna-se, então, quantitativa e não qualificativa, como deveria.
No dia 14 de agosto de 2012, o MEC divulgou a nota do IDEB 2011, e o estado de SP aparece em segundo lugar no ranking geral,(atrás apenas de SC). Veja abaixo:

ESTADO DE SP –IDEB 2011



2005
2007
2009
2011
Meta 2021
1° ao 5° ano
4,7
5,0
5,5
5,6
6,7
6° ao 9° ano
4,2
4,3
4,5
4,7
6,1
Ensino Médio
3,8
3,9
3,9
4,1
5,4










O notável crescimento nas notas do IDEB é utilizado como argumento contra aqueles que criticam o método. Mas observe que, à medida que o aluno avança para a série seguinte, a média diminui. Em 2011, enquanto os alunos do 1° ao 5° ano conseguiram um louvável 5,6 (a média nos países desenvolvidos é 6,0), os estudantes que cursam o Ensino Médio fizeram uma média de 4,1; a diferença é de 1,5.
É claro que a progressão continuada não é a única vilã da nossa educação: a falta de profissionais preparados, o desinteresse dos alunos, o baixo salário dos professores, estrutura física das escolas, material pedagógico fornecido, enfim, uma série de fatores contribui para o baixo desempenho escolar.
Mas é inegável que fazer com que um jovem passe sem aprender e sem ter um reforço adequado é somente mais um artifício usado pelos candidatos em suas campanhas.

Não se iludam: tudo aquilo que Paulo Freire idealizou foi distorcido e transformado numa falsa educação moderna.
Educar é muito mais do que colocar todos os estudantes dentro de uma sala de aula e dar-lhes um diploma: é fazê-los aprender de verdade. E o aprendizado é algo que vai muito além de apenas promover um aluno à série seguinte.



FONTES:
g1.globo.com
tvg.globo.com

www.psicopedagogia.com.br

QUEM SE INFORMA NÃO SE DROGA



  ANA PAULA GOMES
O consumo de drogas nas escolas de todo país cresceu assustadoramente nos últimos anos. Este problema atinge alunos de instituições públicas e privadas, pois não escolhe região ou nível social.
A causa deste aumento pode estar ligada a falta de orientação e discussão sobre o assunto de maneira adequada, transformando-o em um tabu. A prevenção é fundamental para que os jovens se conscientizem de seus riscos. As escolas não deveriam excluir este assunto de suas práticas pedagógicas, pois tem como papel principal formar cidadãos capazes de analisar e decidir o que é bom –ou ruim- para si.
Segundo uma pesquisa do Centro Brasileiro de Informações Sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID) da Unifesp, 57% dos jovens entre 12 e 17 anos consideram que obter drogas “em qualquer momento é muito fácil”. Em 2001, 43,3% já tinham ingerido álcool; três anos depois, o índice subiu para 54,3%. Os brasileiros estão começando a usar drogas cada vez mais cedo; há casos de crianças de 10 anos de idade que já consomem bebidas alcoólicas, consideradas a porta de entrada para outros tipos de drogas (lícitas e ilícitas).


Outra pesquisa realizada pelo CEBRID e divulgada pela SENAD aponta que dos 48.155 jovens que participaram da pesquisa, 54% dos que já haviam usado algum tipo de droga estavam pelo menos um ano atrasados em relação aos outros alunos da mesma idade.
De acordo com o professor Paulo Rogério Morais, da Universidade Braz Cubas, que pesquisa as reações de substâncias químicas no organismo e a memória, o principal problema é o uso de álcool na fase da pré-adolescência: “Entre 10 e 12 anos, p adolescente está na fase de descobertas e o uso precoce pode fazer com que ele use o efeito da droga como estratégia contra as frustrações normais da idade”. (abp.org.br)
Uma das melhores saídas para esse grave problema é que as escolas desenvolvam projetos que esclareçam dúvidas de alunos e pais sobre dependência química e seus danos, atuando constantemente na luta para erradicar este mal que afeta milhares de famílias.




quarta-feira, 29 de maio de 2013

BRINCADEIRA SEM GRAÇA




ANA PAULA GOMES

Bullying é uma repetição de atos violentos contra a mesma pessoa durante um certo período. Normalmente essas agressões ocorrem através de apelidos maldosos e insultos. O bullying está presente em diversos lugares: na internet (cyber bullying), em escolas, faculdades e locais de trabalho.
A causa desse ataque é a intolerância e desrespeito pelas diferenças, pois geralmente as vítimas não se ajustam aos padrões estabelecidos pela sociedade. Os agredidos ficam constrangidos e com medo; por isso não denunciam.
Em casos extremos, as vítimas podem cometer atentados e logo em seguida suicídio. Um dos casos de maior repercussão aconteceu no Colorado (EUA) em 1999 quando os estudantes da Columbine High School , Eric Harris de 18 anos e Dylan Klebold  de 17, mataram 12 colegas e um professor e logo em seguida se suicidaram. Ambos sofriam bullying há anos.
A melhor saída para este problema é orientar, denunciar e punir, porque os agressores   precisam ter consciência de que seus atos podem ter graves conseqüências, como vimos no caso citado acima. E só então a sociedade passa a perceber a importância de discutir esse assunto.

BULLYING NÃO É BRINCADEIRA. É UM ATAQUE CRUEL, COVARDE E DESNECESSÁRIO.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O DIÁLOGO NOSSO DE CADA DIA



CAMILA FRANCO 

Sim, os tempos mudaram, os costumes são outros, a sociedade já não é mais a mesma. Dessa forma, a forma de ensinar também deve ser diferente. Palmatória e outros castigos físicos já não funcionam mais.
Televisão, internet, redes sociais... Um bombardeio de informações que fazem do jovem de hoje alguém cada vez mais antenado. A verdade pode vir (ou não) de várias fontes; assim, o professor deixou de ser o detentor da sabedoria e passou a figurar como orientador, aquele que mostra de qual delas devemos beber.
Há décadas atrás, havia nas salas de aula um degrau que separava o professor do aluno. Após a democratização do ensino, esse degrau desapareceu. Mas ainda existe na mente de muitos educadores, o que é um erro.
É imprescindível que todos entendam que o jovem não está em sala para “aprender e calar a boca”, como antes, mas para questionar, debater e, por vezes, desafiar. E é por isso que o diálogo é tão importante: para que seja uma relação saudável, de respeito, confiança e maturidade.
E também para que o professor esteja preparado não apenas para ensinar, mas para aprender, o que de maneira nenhuma deve ser motivo de vergonha. Muito pelo contrário: quanto mais aberta a relação aluno-professor, mais produtiva será sua aula, pois uma vez que estamos à vontade para dizer o que pensamos, mais empenhados estaremos na aula. Isso desenvolve o aprendizado, pois uma maior participação exige o uso da retórica, Língua Portuguesa, senso crítico, lógica e etc. de maneira agradável e interessante.
Muitos profissionais se dizem contra todas as formas de ditadura e pregam que devemos ser politicamente mais ativos e, na medida do possível, não-alienados. Mas se um aluno discorda de alguma opinião, é repreendido; se tenta criar um projeto e desenvolvê-lo na escola não tem apoio. E ainda tem que ouvir coisas do tipo “vocês não fazem nada”! Simples contradição ou a mais descarada hipocrisia?
Não estamos querendo dizer que o professor deva entrar nas salas e deixar que os alunos dêem aula em seu lugar, mas sim que a democracia deva REALMENTE existir, a opinião do jovem deve ser ouvida, respeitada e debatida, para que tenhamos alunos preparados não somente para o vestibular, mas também (e principalmente) para o mundo. Ou melhor, para mudá-lo.
Pode parecer utopia. Mas muitas conquistas, como a energia elétrica, o computador, o avião, pareciam. Até que alguém tentou.
É na escola que tudo começa. Inclusive a mudança.